sábado, 6 de dezembro de 2008

Considerações finais sobre nossa pesquisa relacionada à prática pedagógica e mediação tecnológica

Tivemos a oportunidade de refletir sobre a necessidade do alargamento do conceito de aprendizagem mediante à compreensão do papel da escola como um ambiente de "educação formal", que tem como princípio possibilitar o desenvolvimento do aluno nas suas várias dimensões relacionadas à sua realidade e como os professores têm lidado com as transformações e os impactos que a sociedade da informação e do conhecimento tem causado no processo de ensino- aprendizagem, uma vez que os recursos tecnológicos disponíveis têm exigido do educador habilidades para seu uso adequado, além de muita criatividade em sua ação pedagógica, sem esquecer que:

[...] nenhuma tecnologia, ao contrário do que afirmam alguns, destrói a antiga. Ela se integra nos usos sociais e leva à evolução das tecnologias antigas. A escrita não destruiu a palavra, o telefone não destruiu a carta. Cada tecnologia leva à evolução do ecossistema social, relacional ou pedagógico no qual se insere. Não há aquisição sem perda, porém não existe técnica que não exija a evolução e a participação do existente. (ALAVA,2003,p.8)


Nesse sentido, percebe-se não só a importância do professor- educador de envolver-se nos processos de formação que viabilizam o uso adequado dos recursos tecnológicos, mas também de percebermos a importância, a diversidade e a disponibilidade de outros recursos tecnológicos preexistentes.
Certamente, talvez esteja aí, implícita, uma habilidade de extrema importância para o educador, que é a de integrar os recursos de tecnologia em prol de uma educação pluralista, que pretende possibilitar inúmeras situações desafiadoras tanto para o aprendiz, como para si próprio.
Sabemos que as escolas, com as suas culturas têm validado por meio de suas práticas, os métodos e os recursos pedagógicos tidos como tradicionais, resistindo assim, a certas inovações pedagógicas. Porém, temos que ser observadores criativos para perceber, compreender e usufruir os benefícios de uma nova forma de atuação educacional pode proporcionar ao processo educativo. Essa Perspectiva nos permite explorar as múltiplas inteligências do aluno, aproveitar de forma criativa as novas tecnologias, assim como nos beneficiar de novos conceitos e formas de promover a aprendizagem.
Tendo em vista que o processo de aprendizagem é responsabilidade tanto do aluno quanto do professor. Cabe ao professor, o papel de mediador ou facilitador do aprendizado do aluno, em seu aspecto cognitivo, afetivo- emocional e interpessoal. Nesse sentido é de fundamental importância que o professor assuma o seu papel de organizador, de planejador de ambientes de aprendizagem que oportunizem uma aprendizagem significativa.
Tudo indica, nesse processo de aprendizagem que a tecnologia de comunicação e de informação é um recurso adequado que permite a mediação entre os participantes do processo de ensino-aprendizagem, em que espera do aluno maior envolvimento e, do professor, uma postura mediadora que informa, que orienta, que ajuda e que ao mesmo tempo faz uso das tecnologias.
Cada professor deve criar sua forma de integrar as várias tecnologias, unindo- as à utilização dos recursos pedagógicos que domina. Para tal, o educador tem que estar aberto às mudanças e à diversificação das formas de dar aula, de realizar seus exercícios e de avaliar. Em síntese, entender que a tecnologia é uma realidade que pode ser utilizada como "meio" e não como "fim", ou seja, a tecnologia como aliada e não como meta.
O estreitamento da relação entre os propósitos pedagógicos e os da tecnologia de informação e comunicação podem viabilizar o surgimento de recursos e de novos serviços que promovam aprendizagens que podem ser também significativas.
Todo esse percurso só será traçado com sucesso se houver um mediador, um profissional da educação com habilidades adequadas a essa realidade e mais, disposto a interagir com as diversidades que esse novo paradigma de ensinar e aprender exige. Daí, mais um forte argumento que confirma a necessidade de uma formação continuada que permita a esse profissional condições de pensar e adequar o uso da tecnologia como aliada e ferramenta de suporte às estratégias diferenciadas e inovadoras de ensino.

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